São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Proprietários negam excesso

DA REPORTAGEM LOCAL

Os proprietários dos bares El Kabong e Barbahala negam que estejam ultrapassando os limites de decibéis impostos pela lei.
Para isso, usam a mesma justificativa: os ruídos da própria rua, com carros, buzinas e pedestres, por si só, já ultrapassam os 50 decibéis determinados por lei.
Os dois bares contrataram peritos particulares para fazer a medição em decibéis e o resultado é que o barulho produzido no bar não é maior que o da própria rua.
``Tenho um laudo da Paim Acústica e Comercial atestando que meu bar não contribui com acréscimos de decibéis em relação ao ruído da própria rua", diz o dono do El Kabong Silvio Kozlowski, 35.
O advogado do Barbahala, Luiz Carlos de Arruda Camargo, 44, já pediu um habeas-corpus preventivo ``para evitar novos constrangimentos", ou seja, outras detenções no bar.
O proprietário do local já havia sido indiciado uma vez antes do indiciamento de seu gerente. Camargo vai pedir o trancamento destes dois inquéritos.
``Considero que as detenções foram abuso por parte das autoridades e vou pedir o trancamento do inquérito porque não houve justa causa", disse.
Segundo Camargo, na sexta-feira, no momento da detenção, não foi feita nenhuma medição de ruído pelo Psiu ou pela delegacia.
``Se apresentaram algum número, deve ser aleatório", disse.
Como já houve duas detenções no Barbahala, o coordenador do Psiu, Carlos Alberto Madeira Marques Filho, vai pedir à Administração Regional de Pinheiros, o fechamento do bar.
Os proprietários do bar Iguana foram procurados pela reportagem ontem e anteontem e não foram localizados.

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