São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Argentino temia 'bomba estourar'

VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Andrada não queria entrar para a história como "o goleiro que levou o milésimo gol de Pelé".
"Faltam dois gols para Pelé completar mil. Se não acontecer na Bahia, a bomba pode estourar na minha mão. E eu não quero que isso aconteça", disse o argentino, em 13 de novembro de 1969.
Embora hoje diga que o acontecimento foi importante para sua carreira, na época, tentou, com a ajuda de seus companheiros, evitar a comemoração naquela noite.
"Mas o pior é que eu talvez não possa fazer nada. Depende do jeito que a turma da defesa jogar", disse Andrada, dois dias antes do jogo do Maracanã.
A equipe carioca se uniu para evitar o acontecimento. O zagueiro Renê era o jogador que ficava incumbido de marcar Pelé nos jogos contra o Santos.
Com a vitória assegurada no primeiro tempo da partida, graças a um gol de Beneti, aos 16min, os vascaínos passaram a dar menos espaço ao astro santista.
Aos 10min do segundo tempo, em uma jogada que resultaria em gol certo de Pelé na pequena área, o seu marcador vascaíno preferiu fazer o gol contra.
Passados os 30min, em uma jogada individual de Pelé pela direita da área, Renê acabou fazendo o pênalti, que minutos depois foi cobrado pelo próprio Pelé.
(VS)

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