São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995 |
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Lima respira um ar mais limpo e civilizado
JOÃO BITTAR
A cidade está mais limpa e os cheiros não incomodam tanto. Os peruanos -sempre muito hospitaleiros- agora têm consciência da importância do turismo para a economia local. Eles se esforçam para agradar o visitante. A praça de Armas, o Palácio do Governo, as ruelas (ou ``jirones") com casario centenário, a padaria La Flor de la Canela, o passeio da República têm mais ambulantes do que sempre. A recuperação do país não contempla o subemprego. O velho hotel Sheraton, majestoso e decadente, oferece um cassino, onde se podem gastar alguns trocados nas máquinas de vídeo-pôquer ou apostar alto nas mesas de carteado. Programa garantido para os brasileiros ``sem-cassino". Os principais cinemas da cidade exibem o filme ``Epidemia", mas ninguém comenta sobre o cólera, que parece distante, limitado às áreas mais pobres do país. Recomendam tomar água mineral. Embora a qualidade da água seja assegurada pela indústria turística, tem sabor comprometido pelo tratamento que recebe. No feriado, os ``provinciales" -pessoas que vieram do interior para ganhar a vida em Lima- tomam na praça de Armas,sorvetes e Inka Cola,o refrigentae local. Entram para rezar na Catedral Nossa Senhora de Assunção, ou na igreja de Santo Domingo, onde estão os restos de Santa Rosa de Lima num dos altares. Os restaurantes mais econômicos oferecem grelhados honestos e falam bem das cervejas locais, a Cristal e a Cuzquena. (JB) Texto Anterior: Miraflores 'é a Lima' sem pobreza e desenvolvida Próximo Texto: Phoenician é o oásis do deserto do Arizona Índice |
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