São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Pirenópolis é patrimônio goiano

CLAUDIA MORALES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Casarões coloniais enfeitam as ruas de pedras, cachoeiras cintilam à beira dos caminhos, cantos e lendas medievais atravessam a paisagem de Pirenópolis (GO), pequena cidade que fica 128 km ao norte de Goiânia.
A história da cidade começa em 1725, com a chegada do bandeirante paulista Bartolomeu Bueno da Silva a Goiás.
A região era povoada pelos índios goianeses, que costumavam usar adornos em ouro. Eles impediram a entrada do bandeirante.
Vendo que não podia vencê-los pela força, Bueno da Silva disse que, se não o levassem à mina de ouro, queimaria as águas dos rios.
Quando o bandeirante ateou fogo ao tonel de aguardente eles recuaram gritando: ``Anhanguera!", que quer dizer ``Diabo Velho". Foi assim que Anhanguera ganhou o apelido e chegou à mina.
Em 1727, ano da fundação de Pirenópolis, os escravos passavam pela estrada do norte carregando ouro. Após 268 anos, quem percorre essa estrada não deseja mais do que integrar-se à natureza.
Festas
As ruas, com calçamento de pedra, ficam repletas na época da cavalhada, que acontece entre 4 e 6 de junho. Cavalos e cavaleiros ornamentados duelam nas ruas.
Menos combativa e mais sutil, a Festa da Lua atrai muitas pessoas para o alto dos 1.385 metros da serra dos Pirineus, ponto culminante do Estado de Goiás.
Graças à serra, o nome da cidade de Minas da Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi abreviado para Pirenópolis.
Tais festas e o bem cuidado casario colonial renderam a Pirenópolis o título de Patrimônio Histórico Nacional desde 1989.

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Sobre Pirenópolis na pág. 6-18

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