São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Veja como evitar problemas de saúde

JULIO ABRAMCZYK
REDATOR MÉDICO

Em uma viagem ao exterior, simples cuidados com a saúde podem evitar desconfortos. Um turista experiente providencia os remédios que vêm tomando em quantidade suficiente para não interromper o tratamento.
Por outro lado, estatísticas demonstram que uma em cada 30 pessoas viajando pelo exterior acaba tendo de usar os serviços médicos de emergência. Dessa forma, um seguro-saúde pode evitar despesas no caso de uma internação hospitalar.
Um passeio pelo Peru, em termos de cuidados locais, não se diferencia de outros países. Os alimentos oferecidos nas ruas, da mesma forma que em São Paulo, devem ser evitados.
Tanto as moscas peruanas quanto as brasileiras carregam micróbios que contaminam a comida e podem ocasionar graves diarréias.
Os alimentos crus, em época de cólera, devem ser evitados. E também a tradicional comida apimentada. O turista deve pedir comida sem ``aji", o equivalente à pimenta malagueta. O termo ``pimenta", no Peru, é usado para pimenta-do-reino.
A água no hotel deve ser usada somente para o banho. Para beber é necessário tomar a mineral, que só existe com gás.
Quem não gosta de água gaseificada pode deixá-la descansando no copo até as bolinhas gasosas desaparecerem.
O mesmo vale para a Coca-Cola, com bom padrão de qualidade (a água vem de um poço artesiano), e que por conter açúcar e bicarbonato de sódio pode funcionar como reidratante nos casos de diarréia.
A cidade de Lima está a nível do mar. Em Machu Picchu, a 2.300 m de altura, a pressão parcial do oxigênio diminui e pode provocar falta de ar e cansaço, até que o organismo se adapte à altura. Antes de ir para a cidade o ideal é descansar pelo menos 24 horas em Cuzco, e não fazer muito esforço físico.
Se os sintomas forem muito intensos, pode-se tomar comprimidos de coramina glicosada. Ou usar mate de coca ou folhas de coca, com as quais se prepara um chá que acaba com o mal-estar.
É obrigatória a vacina contra a febre amarela, transmitida pelo mosquito ``A‰des aegypti". Ela é aplicada no Serviço de Profilaxia de Doenças Transmissíveis, instalado no aeroporto de Congonhas.

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