São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Machu Picchu é testemunho exemplar de uma civilização

JOÃO BITTAR
DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU

O arqueólogo americano Hiram Binghan organizou em 1911 uma grande expedição para desvendar as mais secretas crenças dos incas. Após uma marcha extenuante, descobriu um vale onde a vegetação não conseguiu tragar uma cidade morta, Machu Picchu.
A cidade está encaixada entre duas montanhas, o Machu Picchu (o velho cume) e o Hyayana Picchu (o jovem cume).
Foi construída no século 15, a 2.400 metros acima do nível do mar, para abrigar as celebridades incaicas. Serviu de moradia para sacerdotes, sacerdotisas, generais de guerra e simples mortais.
Torres, escadas, altares para rituais, casas baixas, terraços que parecem brotar das montanhas, uma geografia perfeita. Machu Picchu é um dos mais belos exemplares de uma civilização perdida.
Durante as escavações foram encontradas 200 casas. Os historiadores acreditam que ali viviam mil pessoas.
Entre essas construções estão os templos aos deuses, a moradia do imperador inca, salas usadas para estudos de astronomia e terraços para cultivo de produtos agrícolas.
A cidade está cercada de mistérios. Segundo os arqueólogos, quando os espanhóis, liderados pelo conquistador Francisco Pizarro, invadiram o país no século 16, não conheceram Machu Picchu.
E até hoje todos se perguntam: estaria a cidade morta? Que catástrofe a aniquilara, que doença fizera desaparecer sua população?
Sobre o mais alto cume de Machu Picchu, o Huayana (a 2.700 m), encontra-se o observatório do Sol, que se atinge por uma trilha à beira de um precipício vertiginoso.
Perto do observatório, está o ``Templo das três janelas", um local de oração dos incas. É também do alto de Huayana que se tem a melhor vista de Machu Picchu.
Em geral, as visitas à cidade costumam durar um dia. Além de conhecer as ruínas, turistas vindos do mundo inteiro sobem trilhas, escalam montanhas e desfrutam de uma energia diferente.
As agências também oferecem programas que incluem uma visita noturna ao sítio arqueológico, com direito a participação em cerimônias simples com ofertas à ``Pachamama" (a mãe natureza).
O acesso a Machu Picchu é feito de ônibus (ou avião) até Cuzco e depois de trem até o município de Águas Calientes.

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