São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995 |
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Ônibus de FHC é apedrejado na Paraíba
XICO SÁ
As pedras foram jogadas por manifestantes contrários às propostas de reforma constitucional feitas pelo governo. No protesto, que reuniu cerca de 300 pessoas, prevaleciam militantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Uma das pedras atingiu o braço da assessora de imprensa do presidente, Ana Tavares, no momento em que ela subia no ônibus. O ferimento foi leve. Três janelas foram quebradas pelas pedradas. Praga FHC disse em seu discurso, momentos antes de o ônibus ser apedrejado, que era preciso ``aprender a combater pragas e até mesmo aprender a conviver com pragas", referindo-se aos sindicalistas e estudantes que protestavam contra as reformas. O presidente atacou os manifestantes durante lançamento de um programa de incentivo ao plantio do algodão. A cultura do algodão é a que mais sofre no Nordeste com uma praga chamada bicudo, um inseto que destrói as plantações. ``Em uma democracia, nós não somos obrigados a conviver com pragas?", perguntou a FHC a uma platéia de cerca de 200 políticos e técnicos agrícolas. Isolado pela segurança do presidente, um grupo de 300 manifestantes (segundo a PM) chamava FHC de ``ladrão". A manifestação não abalou o discurso do presidente. ``E nós não sobrevivemos e ganhamos com tranquilidade das pragas?", indagou. ``Assim também será com o algodão", acrescentou. Ainda no seu discurso improvisado, o presidente disse que os manifestantes são reacionários e conservadores. Texto Anterior: Senador protesta com poesia Próximo Texto: Pertence defende auditoria no STF Índice |
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