São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Promotor tenta apurar ameaça contra deputado

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor Marco Antonio Ferreira Lima pediu a reabertura de inquérito sobre ameaças de morte que estariam sendo feitas contra o deputado federal Hélio Bicudo (PT-SP).
As ameaças foram relatadas em ofício entregue por Bicudo a José Emanuel Burle Filho, procurador-geral de Justiça de São Paulo.
No despacho, o deputado relata que ``carros de passeio com vários ocupantes" estariam ameaçando empregados seus em São Paulo.
Bicudo sustenta que as ameaças seriam decorrentes de outra, feita há dois anos, por escrito, num papel com o timbre do Serviço de Inteligência da Polícia Militar.
O documento, em poder de Lima, indica a programação de uma operação batizada ``Hélio Bicudo", em que o deputado é chamado de ``alvo".
Datado de setembro de 93, diz que Bicudo seria morto num ``acidente que deverá ter necessariamente característica de crime comum praticado por adolescente".
O deputado sustenta que o caso foi arquivado sem que tivessem sido ouvidos pela Justiça os policiais militares que poderiam dar explicações do fato.
Em seu despacho, o promotor cita o coronel Luiz Perine, ex-corregedor da PM, e coronel Francisco Profício, ex-chefe do Serviço de Inteligência da PM, para que sejam ouvidos em juízo.
Lima pede que seja intimada a promotora Stella Kuhlman, da Justiça Militar, para que ela relate ameaças de morte que vem sofrendo nos últimos dois anos. O promotor tenta ligar os dois casos.
Lima ainda solicita que sejam fornecidos à Justiça os nomes dos membros do Serviço de Inteligência da PM, bem como números das placas de carros desse serviço.

Texto Anterior: Debates na Folha avaliam profissões
Próximo Texto: Acusações são 'grave calúnia'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.