São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995
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Construtora Encol nega boatos de crise financeira na empresa

DA REPORTAGEM LOCAL

Perplexo com rumores de que a empresa estaria enfrentando dificuldades financeiras, o diretor-superintendente da Encol, Dalzonan de Cunha Mattos, afirmou ontem que a situação do grupo de construção civil é de tranquilidade.
Mattos disse que a empresa não passa por qualquer problema de inadimplência de seus clientes.
Ele declarou que há apenas 180 clientes em atraso, 0,4% do total de 45.200 clientes espalhados por 68 cidades do país.
Mattos ressaltou que os clientes que se defrontam com problemas temporários para efetuar seus pagamentos podem recorrer à central de atendimento com vistas a modificar as condições contratuais.
Se o cliente, disse, não tiver condições de continuar comprando um apartamento de quatro dormitórios, podemos ajudá-lo a transferir seu contrato, sem prejuízo, para um apartamento menor.
Mattos informou que a Encol tem atualmente 707 empreendimentos imobiliários em todo o país, empregando um total de 22 mil pessoas.
O volume atual de área construída é de mais de 8 milhões de metros quadrados. Isso significa um número total de unidades de 57.700, representando um valor de mercado de US$ 5,8 bilhões.
Mattos disse que a média mensal de vendas da Encol tem registrado um aumento significativo nos últimos três anos.
As vendas em todo o país em 93 registraram a média mensal de 1.496 unidades no valor de US$ 105 milhões; em 94, 2.100 unidades no valor de US$ 170,2 milhões e, em 95, no primeiro trimestre, 2.100 unidades no valor de US$ 207 milhões.
``Estamos muito otimistas", afirmou. O grupo, disse, está investindo em seus negócios na indústria de madeiras no Nordeste. O investimento total é de US$ 15 milhões, dividido em US$ 7 milhões na importação de equipamentos e US$ 8 milhões na compra de equipamentos nacionais.
Mattos disse que a Encol tem a receber a curto prazo (12 meses) R$ 586 milhões e a pagar (passivo) R$ 204 milhões. A curto prazo, afirmou, a diferença a nosso favor é de R$ 382 milhões e a nossa dívida total hoje, incluindo bancos, é de R$ 220 milhões.
Mattos disse não entender por que surgiram e de onde, no mercado imobiliário, os rumores de crise financeira da empresa.

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