São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995
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Itamar não assinou documento do acordo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O documento usado pelos petroleiros nas suas reivindicações salariais junto ao TST (Tribunal Superior Eleitoral) não foi assinado pelo ex-presidente Itamar Franco. Na época da negociação, Itamar disse aos petroleiros que sua palavra era suficiente.
Um segundo documento, posterior ao encontro de Itamar com os petroleiros, também não foi assinado pelo seu ministro do Trabalho, Marcelo Pimentel. Assina pelo governo apenas o ministro das Minas e Energia de Itamar à época, Delcídio Gomes.
O recurso dos petroleiros à sentença do TST continua tendo como base o documento sem a assinatura de Itamar. Os petroleiros pediram a reformulação da sentença insistindo na validade dos acordos feitos no governo passado.
Na conversa com Itamar, em Juiz de Fora (MG), os petroleiros elaboraram um termo de entendimento, que não foi assinado pelo ex-presidente.
Como as negociações com a Petrobrás não deram certo, os petroleiros apelaram mais uma vez a Itamar Franco. Em novembro, o ex-ministro das Minas e Energia Delcídio Gomes assinou um termo de acordo com a FUP, mas o ex-ministro Marcelo Pimentel (Trabalho) se recusou a assiná-lo.
As cláusulas do acordo não foram cumpridas pela empresa.
Na última tentativa de negociação, foi assinado um protocolo com a Petrobrás que estabelece a adequação dos interníveis das faixas salariais. O documento tem a assinatura do superintendente adjunto do setor de Recursos Humanos da empresa, José Lima de Andrade Neto.
O TST julgou que o protocolo assinado pelo ex-ministro das Minas e Energia não é matéria de dissídio coletivo. E os outros dois documentos não foram assinados por pessoas autorizadas pela empresa.
Para negociar, Andrade Neto deveria ter um documento da presidência da Petrobrás o credenciando para essa tarefa.

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