São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995
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Equipe tem dez dias para concluir proposta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A equipe econômica tem prazo de cerca de dez dias para concluir a proposta de desindexação (fim do reajuste automático pela inflação passada) da economia.
A tendência é que seja proposta a livre negociação salarial entre empregados e empregadores a partir de julho, quando acaba a atual política salarial.
O governo deve incluir na nova política salarial o repasse, na data-base, do IPC-r acumulado desde o último reajuste até junho.
Com isto, espera aprovar com mais facilidade sua proposta No Congresso, porque a inflação do real, descontadas as antecipações, seria reposta.
Mesmo com livre negociação, a proposta do governo prevê que os salários serão reajustados uma única vez por ano.
A preocupação do governo é com eventuais decisões da Justiça que, ao julgar algum pedido de dissídio coletivo, fixe reajuste com base na inflação passada.
O processo de desindexação envolve ainda mudanças na correção da Ufir (Unidade Fiscal de Referência), que corrige os impostos e a tabela do IR (Imposto de Renda) retido na fonte.
Hoje, a Ufir é corrigida trimestralmente. A idéia é fazer essa correção semestral ou anual.
A equipe econômica já começou a discutir algumas opções para os contratos corrigidos pela TR. No caso da caderneta de poupança a idéia -analisada desde o ano passado- é flexibilizar o pagamento dos juros para permitir aos bancos oferecerem taxas diferenciadas.
As mudanças na TR são mais complicadas que as salariais porque é importante um casamento entre os índices de correção da poupança e dos empréstimos feitos com base nesses recursos.
É o caso dos financiamentos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e da prestação da casa própria.

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