São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995
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Malan defende livre negociação para os salários

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que, com o fim do IPC-r, previsto para 30 de junho, os reajustes salariais deverão ser decididos por livre negociação entre patrões e empregados.
Ele disse que o ministro Paulo Paiva (Trabalho) tem conversado sobre o assunto com lideranças sindicais, administradores de recursos humanos de empresas privadas e economistas.
``Há um apoio considerável para a idéia de caminhar no sentido da livre negociação. Nós achamos que é nessa direção que devemos caminhar", disse Malan.
O ministro, que fez palestra na Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), declarou que ainda não há uma definição sobre o início da vigência da livre negociação.
``Isso (livre negociação) terá lugar a partir de julho ou no ano que vem. Estamos no processo de diálogo, dentro e fora do governo, para ver a solução mais adequada para os trabalhadores e para o programa de estabilização", disse.
Segundo ele, o governo estuda medidas para estimular a poupança, as quais não quis revelar. Malan disse que ``é muito melhor poupar e se beneficiar de um rendimento que existe, do que financiar consumo com essas taxas abusivas de juros que hoje incidem sobre o preço dos produtos".
O ministro disse que o governo quer retirar os tributos que hoje incidem sobre os produtos de exportação na proposta de reforma tributária que enviará ao Congresso.
``Há um consenso dentro do governo e, acredito, no Congresso, sobre desonerar as exportações", disse Malan.
Referindo-se aos juros altos, ele disse saber que ``o custo está sendo muito alto" para manter a estabilidade. O ministro disse que a flexibilização depende de reformas estruturais do Estado.

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