São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995
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Polícia ouve suspeitos de atirar pedras

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

A Polícia Federal da Paraíba começa na próxima semana a ouvir as pessoas que viram manifestantes jogarem pedras no ônibus que conduzia o presidente Fernando Henrique Cardoso em Campina Grande, na semana passada.
O ônibus teve duas janelas quebradas. O pára-brisa foi atingido por uma bola de gude, segundo perícia feita pela PF.
A Agência Folha apurou que os suspeitos são Evilásio Dantas da Silva, presidente do Sindicato do Judiciário Federal, e David Lobão, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Privado da Paraíba. Ambos são filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
A Agência Folha apurou também que a PF tem uma fita de vídeo com imagens de Silva participando de um quebra-quebra em lojas do comércio de João Pessoa, durante uma greve geral comandada pela CUT.
Um terceiro suspeito seria um estudante secundarista, identificado pelo apelido de ``Betão".
Os suspeitos não falaram com a Agência Folha por determinação da Executiva Estadual da CUT. A secretária de imprensa da entidade, Wilma Martins de Mendonça, disse que qualquer informação sobre os suspeitos tem que passar pela Executiva.
Ela negou que os dois sindicalistas tenham jogado pedras no ônibus. ``Não tem o menor cabimento. É uma brincadeira grosseira", disse ela.
O presidente da CUT, Hamurabi Duarte, disse que a PF está fazendo ``terrorismo". ``Se a PF tem as provas, que as apresente. Assim que a polícia tiver um fato concreto, nos posicionaremos, porque qualquer pessoa que estava nas manifestações é suspeita", disse.

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