São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995 |
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Equipamentos de R$ 300 mil 'encalham' em hospital
VICTOR AGOSTINHO
Os aparelhos não são instalados por problemas burocráticos na administração. Em 1988, a prefeitura encomendou junto à Philips holandesa um sistema moderno de raio X de alta resolução, telecomandado. Para se ter uma idéia, esse aparelho só é inferior às análises feitas por tomógrafos computadorizados. O equipamento, cujo preço hoje é de cerca de R$ 300 mil, foi entregue em julho de 1992 e até agora não foi instalado, apesar de já ter sala reservada no prédio. Segundo o vereador Adriano Diogo (PT), que na última quarta-feira foi ao hospital ver as condições de armazenamento dos aparelhos e chegou a ser empurrado pelo zelador do prédio, ``é um absurdo que um hospital trabalhe com aparelhos antiquados enquanto os modernos não são ligados por falta de vontade política". O diretor-geral do Menino Jesus, Humberto Souza de Pinho, que tomou posse há um mês e meio, reconhece que a aparelhagem nova ``vai melhorar a qualidade de atendimento do hospital". O diretor afirma que a instalação do novo raio X foi pedida assim que o equipamento chegou, em 1992, e que a solicitação emperrou no Edif (órgão municipal responsável por executar as obras). ``A falha foi na máquina burocrática. Eu ou qualquer outro diretor teríamos interesse em ligar o aparelho fosse ligado", disse. O diretor do Menino Jesus acredita que em três meses os aparelhos deverão ser instalados. Pinho não quis arriscar um prazo para que os equipamentos entrem em funcionamento e comecem a atender os pacientes. Sobre a truculência do zelador, Pinho afirmou que ``não é orientação da direção do hospital barrar o trabalho dos parlamentares. O zelador deve ter ficado assustado. Foi uma infelicidade". Texto Anterior: Paulista ganha novo shopping Próximo Texto: Obra pode criar quadro de infecção hospitalar Índice |
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