São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995 |
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2.500 adolescentes correm risco de perder o emprego
LUIZ MALAVOLTA
Pelo menos 30 empresas foram autuadas nos últimos dias pela Gerência Regional de Arrecadação e Fiscalização do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social, órgão do Ministério da Previdência). Com idades entre 12 e 16 anos, os adolescentes são filhos de famílias carentes vinculados às entidades Legião Mirim, Legião Feminina e ao Cips (Consórcio Intermunicipal de Promoção Social). Eles são levados por suas famílias para essas entidades, onde recebem treinamento e depois são empregados no comércio, indústria e órgãos públicos. Enquanto permanecem vinculados às entidades, os jovens trabalham sem registro em carteira e ganham um salário mínimo. O presidente da Legião Mirim de Bauru, o empresário Antônio Carlos Martins, 48, disse que o INSS pode ``arrasar" um trabalho de 30 anos de ``integração do menor carente". Segundo ele, as empresas podem demitir os adolescentes por causa das multas. Martins disse que sua empresa -uma concessionária GM com cinco adolescentes da Legião Mirim- foi autuada na semana passada em R$ 30 mil pelo INSS. As autuações estão sendo feitas com base na lei 8.212, de 24 de julho de 1991, que estabelece o recolhimento de seguro social para atividades remuneradas. O gerente de Arrecadação e Fiscalização do INSS Darci Carrer afirmou que vai manter a fiscalização. ``Não recebi nenhuma orientação para abrandar a fiscalização. Se fizesse isso, seria prevaricação (crime cometido por funcionário público)", disse. Texto Anterior: Falta de gabinetes provocou reforma Próximo Texto: Funcionários praticam ginástica no trabalho Índice |
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