São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
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Maluf mantém cadastramento para o PAS

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo tendo submetido a criação do PAS (Plano de Atendimento à Saúde) à Câmara, o prefeito Paulo Maluf decidiu continuar com o cadastramento dos interessados em aderir ao programa.
Ele disse ontem que o cadastramento é a fase mais demorada da implementação do PAS. Por isso, esse trabalho deve continuar, para tornar possível a adoção imediata do plano, se for aprovado.
O PAS restringe o atendimento na rede municipal de saúde às pessoas portadoras de ``carteirinha". Para consegui-la, é preciso comprovar residência na cidade.
Os hospitais passariam a ser administrados por cooperativas de médicos licenciados da prefeitura. As cooperativas receberiam R$ 10,00 por morador cadastrado.
Maluf tentou instituir o PAS por decreto, mas uma liminar (decisão provisória) do Tribunal de Justiça anulou a medida.
O Ministério Público, o sindicato dos médicos, o Conselho Regional de Medicina e a bancada do PT são contrários ao PAS.
O prefeito acusou o PT de se opor ao PAS por motivos políticos. ``Se a população for bem atendida, eu terei um pouco mais de prestígio", disse Maluf.
``Ele está sendo irresponsável com uma acusação destas", rebateu o vereador Arselino Tatto (PT). ``Vamos obstruir o projeto."
Estratégia
O vereador Brasil Vita (PTB), líder da bancada malufista, disse que ainda não estabeleceu a estratégia do bloco do governo para tentar aprovar o PAS.
A aprovação é dada como certa. O prefeito controla mais de 30 dos 55 votos da Câmara.

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