São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995 |
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Arnaldo traz `Ninguém' ao Sesc Pompéia
MARA GAMA
O show estreou para público restrito, em 18 de maio, no Jazzmania, no Rio. Por falta de espaço, estava desfalcado dos cenários. Em São Paulo, ``Ninguém" vem embalado na cenografia criada pelo artista plástico Nuno Ramos e por Gualter Pupo, com a iluminação de Margot Rodrigues. O mesmo trio que criou o ambiente instigante de ``Nome", estrelado por fantasmagóricas camisas brancas gigantes. Unidade O novo show reflete a unidade conquistada pela banda e já mostrada no disco. Paulo Tatit (baixo e violão), Edgard Scandurra (guitarra e violão), Peter Price (percussão), Pedro Ito (bateria) e Zaba Moreau (teclados e voz) estão, segundo Arnaldo, juntos na pesquisa e na experimentação sonoras que fogem do rock pasteurizado. Sambas, funkinhos e baladas bem tocados podem comprovar esta diversidade. A guitarra suja de Edgard, a bateria e a percussão de Peter Price -que incorpora tanques de motocicletas, galões de plástico, entre outras quinquilharias- são a base do som. A este mix básico se somam os violões e baixos limpos de Paulo Tatit e os samplers e teclados de Zaba Moreau. Repertório No repertório de ``Ninguém", estão músicas já apresentadas no primeiro show, entre as quais a recriação de ``Judiaria", de Lupicínio Rodrigues, e a versão de Arnaldo para o poema de Augusto dos Anjos ``Budismo Moderno". Entre as novidades, estão ``Consciência" e ``No Fundo", parcerias com Edgard, ``Seu Olhar", com Paulo Tatit, e ``Ninguém no Carnaval", com Liminha. A surpresa prometida para o público de São Paulo é a recriação de Arnaldo para a música de Itamar Assumpção ``Ciúme do Perfume". Para Arnaldo, ``Ninguém" tem espírito de show de rock sem ser. Aposta na ``diversidade e na exploração de timbres diferentes, incorporando os ruídos". Desta vez, o poeta abandona o recurso do vídeo que acompanhou e desdobrou o show ``Nome" para se centrar na música. A afinação da banda, nascida do disco anterior, preenche todo o espaço do show. Mais música e menos cena. Arnaldo espera vida mais longa para este show. ``Nome", o primeiro solo, com produção bem mais cara, só foi apresentado em São Paulo, Rio, Curitiba e Florianópolis. ``Ninguém" já tem agendadas datas em Belo Horizonte, Brasília e algumas cidades do sul. Show: Ninguém Artista: Arnaldo Antunes Banda: Paulo Tatit (baixo e violão); Peter Price (percussão); Edgard Scandurra (baixo); Pedro Ito (bateria); Zaba Moreau (teclados e voz) Quando: de amanhã a 4 de junho Horário: de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, zona oeste, tel. 011/864-8544) Quanto: R$ 16 e R$ 8 (comerciários e estudantes) Texto Anterior: Homem deve saber olhar a si mesmo Próximo Texto: Pink Floyd repete fórmulas em novo caça-níquel duplo e ao vivo Índice |
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