São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Questão de alcance; À procura de rumo; Estragando a festa; Pois é; Tempo para pensar; Privatização; Baixo clero; Bolso furado; Guerrilha; Duplo papel; Gente que faz

Questão de alcance
Avaliação no Planalto: Pérsio Arida é um formulador de estratégias econômicas enquanto seu sucessor no BC, Gustavo Loyola, é um conhecedor do dia-a-dia da operação financeira. Ou seja: trocou-se o longo pelo curto prazo.

À procura de rumo
A grande preocupação ontem no Planalto era minimizar os efeitos da saída de Pérsio Arida sobre a política econômica. ``O Plano Real caminha por si mesmo", era o comentário mais ouvido. Só resta saber para onde ele caminha.

Estragando a festa
O Planalto não gostou do ``timing" da saída de Arida. Além de ser um período difícil com a greve dos petroleiros, o impacto da demissão tirou o foco dos 11 meses do real, comemorados ontem com direito a discurso de Malan.

Pois é
FHC está elogiando Pérsio Arida. ``Pérsio ganhava US$ 1 milhão por ano como executivo. Deixou tudo para servir o Brasil por R$ 6 mil mensais. E ainda levantaram suspeitas sobre sua conduta", tem dito o presidente.

Tempo para pensar
Arida não deverá voltar para a iniciativa privada. FHC deve nomeá-lo para alguma função pública, talvez no exterior, para que ele possa continuar ajudando o governo. Mas longe de Brasília.

Privatização
Sucessor de Arida no Banco Central, Gustavo Loyola decidiu: enquanto seu nome não for aprovado pelo Senado, não despachará em instalações do governo. Usará escritórios de amigos em Brasília.

Baixo clero
Já foi maior o ânino no terceiro escalão da área econômica.

Bolso furado
Quando vê a agenda carregada para as reformas no 2º semestre, o governo tem uma prioridade: a reforma tributária. Sem o IPMF e com o fim do Fundo de Emergência em dezembro, o Planalto quer saber de onde virão os recursos.

Guerrilha
Outros setores do governo estão estudando fórmulas alternativas de financiamento da saúde para pôr de lado a idéia de recriar o IPMF, sugerida por Adib Jatene.

Duplo papel
A Comissão Pastoral da Terra não gostou de ver Andrade Vieira no grupo interministerial criado para combater o trabalho escravo no Brasil. Sua fazenda no Pará recebeu 21 denúncias de conflitos de terra e 4 de trabalho escravo.

Gente que faz
Andrade Vieira contesta as denúncias de trabalho escravo na Fazenda Bamerindus e convida os autores a conhecerem como trata seus ``colaboradores" no local.

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