São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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PFL procura conter dissidência maranhense GABRIELA WOLTHERS GABRIELA WOLTHERS; DANIEL BRAMATTI
O PFL era o único partido governista que não se apresentava dividido nas votações. A unidade estava sendo usada como ``trunfo" junto ao presidente para obter mais espaço no Executivo. Mas, na votação de anteontem, oito deputados (do PFL, PMDB e PMN), todos ligados à governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), se abstiveram de votar. O líder do grupo, deputado César Bandeira (PFL), foi claro em seu recado: a ``bancada suprapartidária" maranhense, segundo palavras do próprio deputado, quer uma audiência com o presidente. Bandeira afirmou que a governadora não participou da rebelião: ``Somos uma bancada autônoma". Temendo perder seu ``trunfo", a cúpula pefelista discutiu o assunto na própria quarta-feira à noite. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (BA), incumbiram o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), de resolver o caso. Inocêncio se reuniu ontem mesmo com os dissidentes. Segundo Bandeira, o principal objetivo do grupo é evitar o fechamento da Superintendência da Caixa Econômica Federal do Maranhão. A Folha apurou, porém, que a causa da rebelião é a demora do governo em atender aos pedidos de cargos federais no Estado. Bandeira chegou a afirmar a amigos que o governo possui cerca de 50 cargos no Maranhão e que o PFL já havia feito 18 indicações, mas nenhuma foi atendida até agora. Texto Anterior: Senador propõe fusão do PMDB com o PSDB Próximo Texto: Presidente afasta militar acusado de tortura Índice |
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