São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Curso dado na selva não é interrompido pelo Exército
MARCELO GODOY
O Cecomsex também informou que foram colhidas amostras de sangue dos oficiais que continuam no curso e tiveram contato com os militares contagiados. Essas amostras serão analisadas em Manaus. A turma do CIGS de que os três atingidos participavam deve concluir o curso em uma semana. Enquanto isso, os militares ficarão sob acompanhamento médico. O curso foi criado há cerca de 30 anos. Ele tem duração de dois meses. Cada turma tem cerca de 50 oficiais brasileiros e estrangeiros. Todos são voluntários. O Cecomsex informou que os alunos são vacinados contra febre amarela e examinados por médicos antes e depois do curso. Durante as aulas no CIGS, os alunos dormem na selva, comem animais silvestres e plantas e bebem água de plantas e de igarapés, os pequenos rios da região. Os militares aprendem a fazer bússolas, a usar facas e treinam tiro com um tipo especial de fuzil, o Para-FAL. Segundo o Cecomsex, os estrangeiros são, na maioria, de países da América Latina, da França e dos EUA. O tenente Alberto José da Silva Guimarães, que morreu na segunda-feira por causa do vírus, trabalhava no 5º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), em São Gabriel da Cachoeira (AM). O tenente Genaro Machado Berkenkamp, que está internado na UTI do Hospital Emílio Ribas, trabalha no 4º BIS, em Rio Branco (AC). O terceiro contagiado, o aspirante Marcos Vinícius Soares Guimarães, é do 24º Batalhão de Caçadores, que fica em São Luis (MA). (MG) Texto Anterior: Vírus são causadores de febres hemorrágicas Próximo Texto: Movimento nas estradas deve cair com greve Índice |
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