São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Cidade terá 300 km de ciclovias

DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de São Paulo terá 300 quilômetros de ciclovias num prazo de três anos. É o que prevê o ``Projeto Ciclista", da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. As obras custarão US$ 27 milhões.
Em uma etapa inicial, será entregue em cinco meses um trecho de 1,2 km, construído no canteiro central da nova avenida Faria Lima (em Pinheiros, na zona oeste), entre o largo da Batata e a rua Mário Guastini.
O objetivo é ter na Faria Lima cerca de 20 km de ciclovias ligando a Ceagesp (zona oeste) ao Shopping Morumbi (zona sul).
O mesmo trecho também teria interligações da praça Panamericana com a Cidade Universitária e da avenida Hélio Pelegrini com o Parque Ibirapuera.
Segundo o coordenador do ``Projeto Ciclista", Gunter Bantel, algumas das principais avenidas da cidade podem comportar de 2 km a 15 km de ciclovias.
Estão em fase de estudos avenidas como a Aricanduva (zona leste) e a Brás Leme (zona norte).
Bantel afirma que ``é de matar de vergonha" o fato de uma capital como São Paulo ter apenas 1,2 km de ciclovias.
Atualmente a única da cidade é a do Parque Ibirapuera. Inaugurada há dois anos, ela recebe cerca de 4.000 ciclistas por hora, num domingo ensolarado.
É tanta gente que trombadas e quedas lideram as estatísticas de socorro médico no parque. No último mês de abril, 40% dos acidentes envolveram bicicletas, contra apenas 2% de pessoas machucadas nas quadras esportivas.
Para salvar os ``baixinhos" dos choques, o Ibirapuera terá dentro de alguns meses um ciclovia infantil para crianças de até oito anos de idade. A nova pista contará com sinalização educativa de trânsito.
O espaço utilizado será o da antiga pista destinada à caminhada de idosos.
Além disso, já foram comprados vasos de plantas que delimitarão uma nova ciclovia que circundará todo o perímetro do parque.
Bantel diz que uma das prioridades do ``Projeto Ciclista" é a instalação de estacionamento para as ``magrelas". ``Existem na cidade de São Paulo 4 milhões de bicicletas. E ninguém usa porque não sabe onde vai deixar quando chegar ao seu destino", justifica.
Ele diz que é inadmissível supermercados e cinemas sem lugar para guardar as ``bikes".
Bantel diz que o problema vem da escola. Ele diz que não conhece nenhum colégio municipal que destine vagas para bicicletas em seu estacionamento.

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