São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Índice de maio é de 1,97%, segundo a Fipe

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os paulistanos pagaram em maio 1,97% a mais do que em abril pelos preços de produtos e serviços consumidos. Esta foi a taxa de variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O reajuste médio dos preços em maio ficou abaixo da previsão inicial para o mês, que era de 2,5%. Em relação a abril, quando a alta tinha sido de 2,64%, houve recuo de 0,67 ponto percentual.
A previsão para junho é de uma taxa ainda menor que a de maio, desde que as tarifas de ônibus não tenham reajustes no início do mês. Haverá redução nas pressões de vestuário, de mensalidades escolares e de aluguéis.
Além disso, os aumentos já ocorridos em tarifas devem começar a pressionar o índice só no final de mês. Parte dos efeitos só deve aparecer na taxa de julho, segundo Heron do Carmo, coordenador do IPC.
As pressões em maio foram poucas. Dos sete grupos pesquisados pela Fipe, apenas dois tiveram aceleração na taxa: habitação (3,83%) e vestuário (8,06%).
No setor de habitação, a elevação ocorreu devido a novo repique nos preços médios de aluguéis. Após recuar em abril, eles voltaram a subir em maio: mais 9,58%.
Os aluguéis mantêm, de longe, a liderança de aumentos no Plano Real. Com os reajustes amarrados a regras rígidas quando a inflação era alta, o aluguel disparou no Real, acumulando 182% de 1º de julho de 94 a 31 de maio de 95. A inflação no período foi de 28,88%.
Os reajustes no setor de vestuário foram sazonais -ou seja, todo ano sobem neste período, devido à chegada às lojas da roupa de inverno, mais cara que a de verão.
O principal fator de desaceleração da taxa de inflação de maio foram os alimentos. Terminaram o mês com queda de 1,33% em relação a abril. É a primeira vez, desde janeiro, que este setor registra queda na média do IPC mensal.

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