São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Média de gols do Paulista é a pior desde 92

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A média de gols do Campeonato Paulista continua despencando. Hoje, ela é de 2,39 gols por jogo, a menor desde 1992. No ano passado, foram feitos 2,65 gols por jogo, em média.
A queda do número de gols por partida -uma tendência verificada desde o início do segundo turno- acentuou-se nas últimas cinco rodadas do torneio, que agora vive uma fase de definições.
O ``pico" do Paulista-95 é 3,87 gols por partida, na 11ª rodada.
Os cinco melhores ataques do campeonato pertencem aos cinco melhores times classificados: Santos (45 gols), Palmeiras (44), São Paulo (44), Portuguesa (43), Corinthians (40).
A queda da média de gols no Paulista-95 contraria a propensão dos últimos quatro anos. De 1,93 (em 91), a média atingiu 2,30 (em 92), 2,60 (em 93) e 2,65 (em 94).
As duas últimas rodadas do Paulista também registraram um aumento acentuado do número de empates. Foram 12, em 16 jogos.
A preocupação defensiva das equipes, o excesso de jogos, a falta de treinos específicos e o péssimo estado dos gramados são as principais explicações dos jogadores para a queda do números de gols e o aumento dos empates.
``Os times estão mais preocupados em garantir a classificação ou em fugir do rebaixamento que em dar espetáculo. Como os gramados estão esburacados, a tendência é os gols desaparecerem e os empates serem mais frequentes", disse o volante Zé Elias, do Corinthians.
O zagueiro palmeirense Antônio Carlos concorda: ``Em campos ruins como o do Pacaembu, é difícil criar oportunidades e os gols só saem em falhas individuais".
Para o lateral Pavão, do São Paulo, o maior culpado pela escassez de gols é o calendário.
``Com o acúmulo de jogos, não há tempo para treinarmos finalizações. Na fase final, com jogos só aos domingos, podemos nos aperfeiçoar", afirmou.
``A média de gols está à altura desse campeonato mal organizado. É reflexo também da Copa do Mundo. A partir dela, os times começaram a jogar mais fechados", opinou o diretor de futebol do São Paulo, Márcio Aranha.

Texto Anterior: Notas
Próximo Texto: Palmeiras e Corinthians são cabeças-de-chave
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.