São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995 |
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Dia cheio, tanque vazio Depois do almoço, anteontem, o deputado Paulo Bernardo (PT-PR) voltou a seu gabinete e logo começou a passar mal. Além da cabeça pesada, sentia dores no braço esquerdo. Preocupado em não faltar à sessão do final da tarde, decidiu ir para casa descansar. Antes, ligou para a mulher, no Paraná. Falou das dores, mas disse que não eram graves. O ``efeito Paulo Renato", no entanto, fez a mulher do deputado ligar para a liderança do PT, pedindo que o marido recebesse assistência. Assim que chegou em casa, dez recados alarmados já esperavam Bernardo. Todos pediam que ele fosse ao médico. Ele foi. No caminho, acabou a gasolina de seu carro. De táxi, ele chegou a um posto. Já de volta ao veículo, Bernardo encharcou-se com gasolina ao encher o tanque. Depois de tantas peripécias, acabou ouvindo do médico que sua saúde estava perfeita. E Bernardo foi votar, exalando forte cheiro de gasolina no plenário. Um colega não se conteve: - Ele veio a caráter. Votavam a emenda do petróleo. Texto Anterior: Na mosca; Tequila a cavalo; Quem não tem cão...; Cerco; Poder; Partido unido; Prestando contas; Ligando os fios; Nova frente Próximo Texto: Governo vai propor reforma tributária lenta e gradual Índice |
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