São Paulo, sábado, 10 de junho de 1995
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Categoria ameaça retomar greve no Rio

DA SUCURSAL DO RIO; DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Coordenador da FUP diz que ainda é cedo para nova paralisação, mas chama Petrobrás de intransigente nas negociações
Os petroleiros da Reduc (Refinaria de Duque de Caxias) realizaram uma assembléia na manhã de ontem e decidiram retomar a greve na próxima quarta-feira se as negociações com a Petrobrás não avançarem.
Os petroleiros realizaram uma greve que durou 30 dias e acabou no dia 2 passado.
Petroleiros e Petrobrás voltam a negociar na próxima segunda-feira, na sede da empresa, no Rio.
O coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Antônio Carlos Spis, disse que ``ainda é cedo" para falar em uma retomada do movimento grevista.
``Respeitamos a decisão dos petroleiros da Reduc e já estamos pensando numa retomada do movimento, mas seria preciso realizar assembléias nos 21 sindicatos regionais da categoria e decidir em uma plenária nacional", afirmou.
Spis afirmou que ``Petrobrás não está negociando nada e se mantém intransigente na mesa de negociações".
A FUP quer o cancelamento de todas as demissões, o reembolso dos dias parados e a discussão de reajustes salariais.
A Petrobrás só discutirá reajustes salariais na data-base dos petroleiros (em setembro), segundo Cid Rodrigues, principal negociador da empresa.
Spis afirmou que a Petrobrás ``manipulou estoques durante a greve" para causar desabastecimento e jogar a população contra os petroleiros.
O secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul, Edson Pereira de Souza, disse ontem que, na próxima segunda-feira, a Justiça irá penhorar os bens da entidade, que não tem como pagar R$ 2,1 milhões de multa, por causa da greve.

Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre

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