São Paulo, sábado, 10 de junho de 1995 |
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Deputado pede investigação de centro dirigido por Fleury
EMANUEL NERI
O deputado estadual paulista Paulo Teixeira (PT) solicitou ontem à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo a abertura de inquérito civil para investigar a origem dos recursos do Centro de Estudos Ano 2.000. A entidade é dirigida pelo ex-governador paulista Luiz Antonio Fleury Filho. Na última segunda-feira, a Folha divulgou que os gastos pessoais e políticos de Fleury, incluindo os do Centro 2.000, superam seus ganhos. As despesas de Fleury atingem R$ 36 mil mensais. Aposentado aos 45 anos como procurador, o ex-governador ganha R$ 12 mil mensais. Tem uma segunda renda, de R$ 1.500, de um apartamento que aluga. Fleury contestou a reportagem. Segundo ele, os gastos do Centro 2.000 são pagos por amigos e aliados que são associados da entidade. O deputado quer saber quem são esses amigos e exige a apresentação dos comprovantes da contribuição de cada um deles. Fleury afirmou à Folha que um dos colaboradores do Centro 2.000 é Francisco de Assis Ramalho Além, que foi superintendente do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) durante seu governo. O deputado aponta uma série de irregularidades relatadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em relação à passagem de Além pelo DAEE. Uma delas são as obras de retirada de lama do rio Tietê. Em sua representação à Procuradoria de Justiça, o deputado suspeita que dinheiro do DAEE tenha sido desviado para manter o Centro 2.000. Fleury usa a entidade como escritório político. Outro lado A Folha telefonou às 19h de ontem para o Centro 2.000. Um funcionário, Paulo, disse que o ex-governador estava viajando e que sua assessoria já havia se retirado. Segundo ele, Além também não estava. O assessor de imprensa do ex-governador, Germano Oliveira, não foi localizado. Texto Anterior: Governo faz nomeação em dia de votação Próximo Texto: Sepúlveda teme "custo social" do Real Índice |
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