São Paulo, sábado, 10 de junho de 1995
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Abrinq pede proteção contra importação

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) anunciou ontem que pediu ao governo a adoção de salvaguardas contra a competição desigual das importações da China.
O pedido foi entregue na quinta-feira à Secretaria de Comércio Exterior do (MICT) Ministério da Indústria, Comércio e Turismo.
É a primeira vez que um setor da indústria do país recorre ao decreto 1488, de 12 de maio, que dispõe sobre salvaguardas para proteger fabricantes nacionais.
A situação da indústria foi debatida na primeira reunião da câmara setorial de brinquedos ontem da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entre governo, indústria, revendedores e trabalhadores.
O representante do MICT disse que o governo vai avaliar os dados recebidos. A decisão deve sair na reunião da câmara em 23 de junho.
Mario Adler, presidente do conselho de administração da Abrinq, disse que o setor espera que o governo concorde em aumentar as alíquotas de importação.
Em setembro de 94, a alíquota de importação foi reduzida de 35% para 20%. A importações em 94 chegou a US$ 89 milhões.
A principal queixa dos fabricantes é contra o custo da mão-de-obra na China, de onde vem a maioria das importações.
``Um empregado chinês recebe pouco, trabalha 16 horas por dia de segunda a sábado", diz Adler.

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