São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Senado deve aprovar novo procurador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A indicação de Geraldo Brindeiro para ser o novo procurador-geral da República, feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, deve ser aprovada com tranquilidade pelo Senado Federal.
Entre os senadores, não há resistências ao nome de Brindeiro, apesar de alguns, que não quiseram se identificar, terem receio de que o seu desempenho como procurador-geral venha a ser burocrático.
Na opinião desses parlamentares, o cargo é também político.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deve marcar a audiência pública com Brindeiro e a votação do seu nome para a próxima semana, em reunião secreta.
Após a decisão da CCJ, a indicação do novo procurador-geral terá que ser aprovada por 41 (maioria absoluta) dos 81 senadores.
Para o líder do PSDB, senador Sérgio Machado (CE), a escolha de Brindeiro vai significar uma ``mudança de estilo" da Procuradoria Geral da República. Ele é considerado mais técnico e conservador do que o procurador que sai, Aristides Junqueira.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), prevê a aprovação fácil do nome de Brindeiro. ``Ele teve um excelente desempenho como procurador-geral-eleitoral", disse.
Sepúlveda
Brindeiro fez ontem visita de cortesia ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Sepúlveda Pertence.
Ele se recusou a comentar o trabalho que pretende desenvolver à frente do Ministério Público. ``Recebi com muita humildade e responsabilidade a indicação, mas não posso falar antes da decisão do Senado e da nomeação do presidente da República", disse, antes do encontro com Pertence.
``Eu não tinha conhecimento dessa decisão, mas admitia a possibilidade de que ela pudesse vir a existir", afirmou o virtual procurador-geral da República.
No início da noite, Brindeiro foi ao Congresso Nacional para conversar com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Brindeiro é primo do vice-presidente Marco Maciel e integra o Ministério Público Federal desde 1975.

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