São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Paulo Renato deixa hospital e fica em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais magro e ainda falando com dificuldade, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, deixou o Incor (Instituto do Coração) às 11h de ontem. Ficará duas semanas em São Paulo. Só volta a Brasília no fim de junho.
Hoje pela manhã, ele deverá receber a visita do presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro foi submetido a cirurgia cardíaca na última terça-feira.
Ao deixar o Incor, o ministro concordou em parte com a declaração da primeira-dama, Ruth Cardoso, de que o ensino público do Brasil é de má qualidade e racista.
``Nosso ensino realmente é de má qualidade", afirmou. Sem se referir ao racismo, informou que, antes de ficar doente, apresentou plano educacional que tem como objetivo ``resolver parte desses problemas".
Sobre sua saúde, afirmou que foi surpreendido com os sinais de pré-infarto que sentiu dois dias antes da cirurgia. ``Ainda bem que conseguimos fazer a operação antes de problemas mais sérios", afirmou.
Disse que já havia detectado antes problemas cardíacos. Há três anos, foi submetido a cateterismo -introdução de cateter (tubo) na artéria para fazer diagnóstico de doenças.
``Eu tinha um certo controle (do coração) e nunca esperei que houvesse um entupimento geral", disse. Ao conversar com os repórteres, o ministro falava muito baixo. Quase não se ouvia sua voz.
Segundo ele, o problema da voz se deve a atritos causados nas cordas vocais por tubos colocados em sua garganta durante a cirurgia. O ministro deixou o Incor acompanhado de sua mulher, Giovanna.
Enquanto não volta a Brasília, Souza despachará com assessores em seu apartamento de São Paulo.

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