São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Dorothéa admite que haverá compensações
LUCAS FIGUEIREDO
``Nós talvez tenhamos, para este ano de 95, que estabelecer uma negociação específica", afirmou Dorothéa, referindo-se à importação de veículos argentinos. A MP (medida provisória) que limita em 100 mil o número de veículos que poderão entrar este ano no país, assinada anteontem, inclui as importações de carros argentinos. A medida não citava ``negociações específicas" com relação às importações em 95 de veículos de origem no Mercosul. A ministra se recusou a comentar os protestos das autoridades argentinas sobre o regime de cotas do Brasil. Dorothéa negou que a decisão de restringir a entrada de veículos importados fira os acordos do Mercosul. ``Nós não estamos mudando nada", disse ela. Criado em 1º de janeiro deste ano, o Mercosul não estabelece nenhuma restrição às exportações de carros da Argentina para o Brasil, mas impõe limites no comércio de automóveis brasileiros para aquele país. A ministra afirmou que na próxima semana, durante seminário sobre o Mercosul que será realizado em São Paulo, começam os encontros com representantes do governo argentino para marcar a agenda de discussões sobre a formação de um regime comum do setor entre Brasil e Argentina. Dorothéa disse que representantes do governo argentino ``se mostraram preocupados em manter as negociações" com o Brasil. A reivindicação foi feita durante as discussões entre diplomatas dos dois países no Ministério das Relações Exteriores, no início desta semana. Texto Anterior: Argentina acusa Brasil de violar acordo do Mercosul Próximo Texto: Lampréia diz que MP poderá ser alterada Índice |
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