São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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FHC anuncia mudança da CVM para o Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem, no Rio de Janeiro, a transferência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para o Rio. A CVM, que controla o mercado de ações, foi transferida para Brasília no governo Collor (1990-92).
FHC negou que pretenda aumentar novamente o mínimo neste ano. ``Meu Deus! Nós acabamos de dar um aumento. Isto que está nos jornais não corresponde. Só daqui a um ano, em maio".
O presidente disse, ainda, que o déficit na balança comercial deverá acabar até o fim do ano.
FHC espera um superávit, mas não disse de quanto. Para ele, o déficit na balança comercial em maio foi menor do que se esperava.
As declarações foram feitas pelo presidente às 21h15 de ontem, ao chegar ao hotel Copacabana Palace para o jantar de comemoração dos 150 anos da Bolsa de Valores do Rio. O jantar custou cerca de R$ 25 mil e reuniu 500 pessoas, na maioria empresários, no salão nobre do hotel.
Um superesquema de segurança foi montado para proteger o presidente e os empresários.
Oitenta PMs (policiais militares) cuidaram do trânsito na avenida Atlântica, em frente à praia de Copacabana.
O hotel foi cercado por 25 PMs. Dentro do hotel, à paisana, havia 30 policiais militares e 25
soldados do Exército.
Estavam presentes o ministro da Fazenda, Pedro Malan, o presidente do BNDES, Edmar Bacha, o governador do Rio, Marcello Alencar, o ministro da Agricultura, José Eduardo de Andrade Vieira, o ministro da Ciência e Tecnologia, Israel Vargas, e o presidente da Câmara dos Deputados, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), entre outros.
Entre os empresários, compareceram Roberto Marinho (Organizações Globo), Ivan Botelho (Cataguases-Leopoldina), Luis Cezar Fernandes (Banco Pactual) e Arthur Sendas (grupo Sendas).
Perguntado sobre as divergências entre o PSDB, seu partido, e o PFL, que o apóia, ele disse que ``eles estão calmos".
Fernando Henrique viu a maquete da nova sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, orçada em R$ 60 milhões, que deve ficar pronta no primeiro trimestre de 1996, na Praça 15.

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