São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Ativista reclama de preconceito de gays
RONI LIMA
Casada com um homem há 17 anos, mãe de dois filhos, Maik, como é conhecida, diz se incomodar em especial com o preconceito de homossexuais. Maik afirmou que nunca se preocupou com o preconceito de pessoas heterossexuais, mas ficou chateada quando dois homossexuais saíram do Dialogay quando ela assumiu a direção. Carioca, Maik mudou-se para Aracaju, começou a participar de ações de prevenção contra a Aids e, há três anos, acabou assumindo a vice-presidência do grupo. Sempre teve amigos homossexuais e, ao se deparar com a antiga falta de quadros do Dialogay para ampliar os trabalhos, decidiu contribuir para a causa homossexual. Muitos não entenderam sua opção. Ela conta que amigos do Rio riram quando souberam que voltara à cidade para participar do encontro gay. Diz ainda que muitos que não a conhecem ficam na dúvida se é travesti. Alta e loira, 1,82 metros, Maik tem a voz um pouco grossa. Maik afirmou que, em Aracaju, não existem muitos travestis. ``Muitas pessoas são, mas não podem assumir", diz, culpando a ``formação familiar mais tradicional" do Nordeste. A vice-presidente do Dialogay afirma que, em Aracaju, existem poucas pessoas que são travestis 24 horas por dia. ``A maioria tem traços femininos, cabelos longos, mas se vestem naturalmente, para ir trabalhar ou ficar em família." Com os artistas, em geral, acontece o mesmo. ``Durante o dia usam roupas unissex. À noite, se vestem de plumas e paetês." Texto Anterior: Senado autoriza dívida de R$ 140 mi para SP Próximo Texto: Travesti não quer ser `ativo' Índice |
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