São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Mães transmitem Aids a 80% das crianças doentes
FERNANDO MOLICA
No período, foram constatados 105 casos de crianças que adquiriram o vírus dessa forma. Entre 1983 e 1987, esse tipo de transmissão -chamada perinatal, feita através da placenta ou no momento do parto- representava 7,02% dos casos. Segundo avaliação da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids da Secretaria Estadual da Saúde, o crescimento é consequência do aumento do número de mulheres infectadas. Entre 1988/90 e 91/95, o número de novos casos de Aids entre mulheres no Rio pulou de 513 para 983, um crescimento de 91,6%. Esse percentual é superior ao que registra o aumento de casos de Aids entre os homens. Entre 1989/91 e 1992/95, a incidência entre homens com mais de 15 anos subiu 64,86% no Rio: de 2.681 casos para 4.420. Não foi possível detectar a forma de transmissão da doença em 43,74% dos casos em mulheres maiores de 15 anos entre 91 e 95. Segundo a Secretaria da Saúde, esse percentual refere-se, na maior parte, a casos de pessoas que estavam muito doentes ou já mortas na época da coleta das informações. Ainda entre as mulheres, o modo de transmissão sexual pulou de 16,67% dos casos entre 1984/87 para 32,66% entre 1991/95. O aumento nos casos de homens doentes que mantêm relações bissexuais ajuda a compreender o crescimento de mulheres infectadas por modo sexual. O percentual de infectados bissexuais, que vinha caindo entre 86 e 91, voltou a crescer a partir de 92: entre este ano e março de 95, 768 homens (17,38% dos casos notificados) declararam ter tido relações com pessoas dos dois sexos. (FM) Texto Anterior: Doador de órgão não paga taxa de funeral em SP Próximo Texto: Ministro da Saúde consegue empréstimos Índice |
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