São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Modelo popular tem queda

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas de calçados populares, que saltaram 20% sob impulso do Plano Real, também passaram a sentir os efeitos da retração no consumo.
Foi um dos itens beneficiados com a volta ao mercado de consumidores de baixa renda, desde julho de 1994.
Segundo o empresário Pedro Grendene, os volumes de encomendas começaram a cair no final de abril em proporção semelhante à expansão do período anterior.
Maior fabricante nacional de calçados de baixo preço, a Grendene estima faturar este ano o correspondente a R$ 300 milhões. O empresário estima que o setor movimenta vendas de R$ 10 bilhões anuais.
Além do mercado interno, também as exportações registram queda de 30% por causa da defasagem cambial (real mais caro que o dólar). As exportações da Grendene, segundo ele, jamais ultrapassaram 15% do faturamento.
Para Pedro Grendene, a elevação da alíquota de importação para 63% determinada pelo governo, em vigor desde o mês passado, não comporta medidas adicionais de proteção à indústria nacional. ``Já é suficientemente alta", disse.
A parceria com a Puma, que representou um movimento de diversificação do grupo Grendene na direção de outros nichos do mercado de calçados, data de 1990.
``Desde o lançamento da marca foi investida cifra superior a US$ 50 milhões em equipamentos, matrizes, modelos e transferência de tecnologia", afirmou.
Ontem, em São Paulo, o presidente mundial da Puma disse que o próximo passo da companhia é reforçar sua presença no mercado norte-americano, que consome a metade do movimento mundial US$ 6 bilhões de vendas de tênis.
``Nossas vendas nos EUA atingiram US$ 70 milhões em 1994 e ainda são pequenas". Para tanto, a companhia adquiriu a marca, que vinha sendo explorada por terceiros naquele país.
(NB)

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