São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Puma investe US$ 5 mi em campanha

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Os atacantes Renato Gaúcho, do Fluminense, e Viola, do Corintians, são os astros de uma provocativa campanha publicitária da Puma, que começou a ser veiculada ontem.
Criados pela agência W/Brasil, com investimento previsto de US$ 5 milhões no prazo de um ano, dois comerciais de TV se valem de uma brincadeira entre os jogadores.
Eles se revezam em cada filme, em que um elogia o desempenho do outro como velocista, jogador de basquete, corredor de bicicleta. Mas ao mostrar o colega calçando uma chuteira da marca comenta: ``Tanta tecnologia pra tão pouco futebol é desperdício..."
``Somos os primeiros em vendas de artigos de futebol no Japão e na Inglaterra. Queremos atingir essa liderança também no mercado brasileiro", disse ontem Jochen Zeitz, presidente mundial da Puma, que veio a São Paulo acompanhar o lançamento da campanha.
A exemplo de outros concorrentes do setor, a Puma, que investe 8% de seu faturamento de US$ 900 milhões anuais em propaganda, fechou, em 1993, suas fábricas próprias.
Na trilha da globalização, para obter vantagem competitiva de preço, seus tênis, chuteiras e roupas esportivas são produzidas na Ásia (China, Indonésia, Filipinas) e parcerias com indústrias de 20 países.
Os escritórios internacionais da companhia supervisionam o controle de qualidade, além de serem responsáveis pelo design e programas de marketing. No Brasil, 12 modelos de calçados esportivos e 120 itens de confecções são fabricados e comercializados pela Vulcabrás, braço do grupo Grendene.
Segundo o empresário Pedro Grendene, a empresa detém 10% das vendas de 15 milhões anuais de pares de tênis de grife, que vão gerar para a Vulcabrás faturamento de US$ 60 milhões este ano. Dessa fatia percentual, 25% correspondem a 40 itens importados.
Os jogadores Viola e Renato Gaúcho -além de Mancuso e Muller e o departamento de tênis do clube Pinheiros- formam no grupo dos atletas e clubes internacionais patrocinados pela Puma que utilizam os produtos da marca.
Para sustentar essa visibilidade, a empresa investe com eles a soma de US$ 1 milhão por ano.
Zeitz anunciou que um time italiano campeão passará também a receber, a partir de agosto, o patrocínio da marca, graças a um contrato de exclusividade que atingirá US$ 5 milhões.
Ele diz que o mercado mundial de calçados esportivos deve movimentar US$ 6 bilhões anuais. A Puma afirma deter a quarta posição entre as marcas, precedida da Nike, Reebok e Adidas.

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