São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Capitão liga para família e fala em libertação
AMAURY RIBEIRO JR
Em seguida, ele ligou para sua mulher, Eliane Alves, que mora em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo Eliane, o capitão disse que estava sendo bem tratado e que deverá ser libertado em breve. ``Ele imaginou que eu devia estar muito nervosa. Disse para eu ficar calma e que encarasse o fato como se ele estivesse em férias." Segundo ela, o marido conseguiu a permissão dos sérvios para telefonar para a família. ``O telefonema durou cerca de cinco minutos, mas deu para aliviar o clima de tensão", afirmou. Eliana Alves disse à Agência Folha, por volta das 16h, que toda a família ficou frustrada por Harley não ter sido libertado anteontem com os 130 reféns das forças de paz da ONU. Eliane Alves passou o dia trancada no quarto de sua casa em Nova Lima antes de receber o telefonema do marido. Depois de falar com Harley, ela voltou a dizer que está confiante na libertação do marido. ``O telefonema nos trouxe novamente a esperança". Segundo Helena, a manutenção de seu filho entre os pelo menos 15 reféns das forças de paz da ONU é uma estratégia dos sérvios. ``É interessante para os sérvios manter um refém de cada país. Com isso, aumenta o poder deles (dos sérvios) de barganha", disse. Ela disse que rezou com amigas anteontem em sua casa, na esperança de que seu filho estivesse entre os 130 reféns libertados. ``A notícia de que ele não estava entre os libertados foi muito dura para todos. Depois, ficamos conformados. Ainda vai chegar a hora de ele ser libertado. Deus assim não quis ontem. O azar de meu filho é que ele era o único brasileiro", disse. Texto Anterior: Racismo causa mais incidentes Próximo Texto: Sérvios ameaçam ocupar Sarajevo Índice |
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