São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Cursos no exterior custam até US$ 30 mil

JOSÉ KOSMINSKY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com a manutenção do valor do dólar abaixo do real, fazer um curso de línguas ou de especialização profissional no exterior é a melhor pedida para aproveitar as férias na escola ou no trabalho e fugir do inverno brasileiro.
Enquanto no Brasil esta época do ano costuma ser muito fria, em alguns países da Europa e nos EUA a temperatura varia de 20 até 30 ou 35 graus Celsius.
Existem cursos que vão de duas a quatro semanas, com hospedagem em casa de família ou no campus de uma universidade, até o ano acadêmico.
Os preços podem variar de US$ 650 a US$ 30 mil, dependendo do curso e do local escolhidos.
Segundo Rosemiriam Antonoff, 34, do departamento de marketing da International Exchange Services, empresa associada ao grupo Yazigi, a procura por cursos no exterior em 95 aumentou 80% em relação ao mesmo período de 94.
``Hoje em dia, em vez de ir só fazer turismo, as pessoas têm preferido unir o lazer com um curso de idiomas. Já temos 910 viagens confirmadas para os EUA, Nova Zelândia, Europa, Canadá e Austrália", disse Rosemiriam.
No Marymount College, escola conveniada à EF International e localizada em Tarsytown, cidade próxima a Nova York, o número de estudantes no verão deve chegar a 600 ou 700.
Em geral há seis tipos de programas: cursos de verão (entre duas e quatro semanas), cursos intensivos e normais, ano escolar (com nove meses de duração), cursos de turismo e idiomas ou esportes e idiomas e cursos profissionais e de aperfeiçoamento.
As formas de pagamento também são as mais diversas. O Yazigi parcela o pagamento do curso em 21 vezes pelo cartão de crédito.
Na Polidiomas, que oferece cursos nos EUA, você paga US$ 220 ao câmbio comercial do dia da inscrição e o restante no início do curso nos EUA. A EF divide o pagamento em dez vezes com Credicard, American Express e Dinners.
Para quem deseja realmente aprender a língua estrangeira, o ideal é fazer um curso de no mínimo três meses.
Esse é o tempo mínimo para uma pessoa se acostumar com a vida e os costumes do país e principalmente com as gírias e com o modo de falar dos moradores locais, que costumam ser as maiores dificuldades dos estrangeiros.
Escolas como as do Yazigi e da EF oferecem todos os tipos de cursos, desde os mais rápidos até os de nove meses nos mais diferentes países. Outras como Bridge, King's Cross, Polidiomas e Wizard são especializadas em cursos de duas, três e quatro semanas.
As três primeiras oferecem apenas cursos de inglês, que podem ser feitos nos EUA, Inglaterra, Canadá e Austrália. A Wizard também tem cursos de espanhol, italiano, francês e alemão.
Nos cursos rápidos, a melhor maneira de aprender a língua é se misturar com a população local. Entrar em bares, lojas e, principalmente, andar de metrô e ônibus são ótimos para praticar conversação e afastar o ``fantasma" da timidez.
Nesses cursos, como as aulas costumam ocupar apenas um período, o ideal é aproveitar as tardes de folga para visitar pontos turísticos e, é claro, como bom brasileiro, fazer algumas compras.

LEIA MAIS
Sobre cursos no exterior nas págs. 6-11 e 6-14

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