São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995
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Órgão quer recadastrar

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O diretor-regional do Dnocs, João Ramalho, disse que só tomará alguma medida após recadastrar todos os colonos do projeto de irrigação Curu-Paraibapa.
Segundo Ramalho, o recadastramento deve ficar pronto em 30 dias.
Ele afirma que só permanecerá como colono quem preencher os critérios do regulamento.
Ramalho diz que os terrenos dos lotes pertencem à União e que o Dnocs tem o poder de rescindir os contratos de concessão de uso das terras. ``Como se vê, o comércio dos lotes é ilegal".
O coordenador do projeto, Eraldo Acioli, disse que a comercialização dos lotes ocorreu à revelia do departamento. ``Os colonos venderam seus lotes sem avisar ao Dnocs", declarou Acioli.
Ele disse que não sabia da existência das casas de veraneio, mesmo coordenando os 54 funcionários do Dnocs cuja tarefa é fiscalizar o projeto.
Acioli reconhece como verdadeira a acusação de que três parentes seus, que moram em Fortaleza, adquiriram lotes no projeto.
``Eles fizeram a negociação diretamente com os colonos, sem a minha interferência", declarou Acioli.
O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, determinou a abertura de inquérito civil público para apurar possíveis irregularidades.
(PM)

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