São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995 |
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DEPOIMENTO ``Estava trabalhando na organização de uma das feiras de gado de Barretos, onde morava, quando vi o Mário entrando com o então presidente do Banespa. Era uma quarta-feira e fui escalada para mostrar os estandes locais para os dois. Na minha equipe tinha outra menina, maravilhosa, e achei que ele estava interessado nela. Mas acabamos conversando muito e ele me levou em casa. Eu tinha 17 anos na ocasião e era um dos primeiros trabalhos que fazia. Quando cheguei em casa no carro dele, depois da meia noite, minha mãe, preocupada, me esperava de penhoar, batendo o pé no portão. Não rolou nada nesse dia, mas, esqueci o namorado que tinha na ocasião, e pedi para ele voltar no final de semana. Sábado, logo que a feira abriu, ele chegou. Como eu estava trabalhando, ele passou o dia inteiro andando pelos estandes, na dele. Quando começou a cair a tarde, ele foi me esperar no bar do evento. Assim que me desvencilhei, fui para lá. Logo que ele me viu, abriu um sorriso e eu não tive dúvidas: cheguei perto e dei um beijo nele. Quando terminei, ele meio sem fôlego falou: ``Na boca?" Passamos a noite inteira juntos. Namoramos mais três anos antes de casar. Estamos juntos há 15 anos e sei que nossa paixão começou naquele dia. Ele ficou espantado e encantado com minha reação. Faria tudo de novo. Acho que vale a pena tomar a iniciativa quando há interesse. É fácil se perder boas oportunidades quando ficamos na dependência da vontade do outro." Ieda Maria Cury Campos Pinto, 32, é produtora de moda da Mesbla. Texto Anterior: Mulher cansa de esperar e ataca primeiro Próximo Texto: Gays e lésbicas debatem cidadania no Rio Índice |
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