São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995
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Seminovos importados devem valorizar

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de veículos usados importados deve sofrer aquecimento nos próximos meses, estimam lojistas e associações de importadores.
Com a limitação da entrada de carros importados para 3% da produção nacional -devido a implantação pelo governo do sistema de cotas-, os importados usados tendem a sofrer valorização e ter maior procura.
Segundo Eduardo Bandeira Barreto, diretor da Abraciva (importadores autônomos), a tendência dos lojistas, de agora em diante, deverá ser a de procurar mais carros seminovos importados para vender.
O diretor comercial da Renault Caoa, Carlos Orlando, acredita que a procura pelos usados importados já apresenta índices de crescimento.
``Os seminovos importados começaram a ganhar maior fatia do mercado. Com a dificuldade de importar novos veículos, o segmento tende a crescer."
Segundo Orlando, a Caoa tem em estoque 70 modelos seminovos à venda, todos da Renault.
Emílio Julianelli, presidente da Abeiva -entidade que reúne os importadores independentes-, acredita que nenhuma marca deverá fazer novas importações até o final do ano.
``A retração gradual do mercado de importados novos vai ajudar o segmento dos seminovos", diz.
Vendas
A Renault foi em maio a marca importada mais vendida no mercado interno -entre as 32 associadas da Abeiva que não têm fábrica instalada no Brasil.
A montadora francesa, que ficou pelo terceiro mês consecutivo com o primeiro lugar em vendas, comercializou 1.659 unidades no atacado. Em seguida aparecem Kia Motors (1.503), Mercedes-Benz (925), Toyota (795) e Audi (511).
O modelo mais vendido, porém, foi o utilitário Kia Besta, com 1.036 unidades comercializadas no período.
Segundo a Abeiva, as vendas de maio sofreram queda de 25,9% em relação a abril -em maio foram comercializados 8.024 veículos, contra os 10.823 do mês anterior.
``A nova queda nas vendas comprova que a elevação do imposto de importação já foi suficiente para inibir nosso setor", afirma Julianelli.

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