São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995 |
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FHC faz 64 anos e pede 'país com tranquilidade' Soldados com roupas camufladas vigiam sítio em Ibiúna XICO SÁ
Embora a vizinhança seja composta por pessoas amigas, a equipe de segurança presidencial levou dois caminhões lotados de soldados do Exército para vigiar o sítio. Parte deles ficou no mato, com roupas camufladas. Para os habitantes mais pobres de Ibiúna, o espetáculo quebrou a rotina do final de semana. Para os mais ricos, que possuem casas na região, o aparato militar trouxe muitos transtornos. A Polícia Federal pedia a toda hora identificação dos vizinhos que passavam pelo local. No seu aniversário, o presidente recebeu afagos da família, de intelectuais, de ministros e até da imprensa. Dois ministros, Sérgio Motta (Comunicações) e José Serra (Planejamento), representavam o bloco dos amigos no governo. Ambos evitaram dar entrevistas. FHC recebeu um bolo de nozes, oferecido pelas revistas ``Caras" e ``Manchete" e entregue por uma repórter do jornal ``O Estado de S. Paulo". A assessoria do Palácio do Planalto implorou para que o presidente fosse poupado de qualquer pergunta e pediu aos repórteres que dessem um ``tom descontraído" no momento do corte do bolo. A primeira-dama, Ruth Cardoso, de bom humor, ajudava os assessores de FHC: ``Hoje é dia de festa. Soltem essas máquinas", dizia para os fotógrafos. O presidente cortou o bolo e o distribuiu aos jornalistas, mas não conseguiu evitar o tema das cotas de importação de carros. ``Vamos comemorar, deixem de trabalhar um pouco", dizia FHC diante de um punhado de gravadores e microfones. Todos perguntavam sobre as cotas. Entre os intelectuais estavam o filósofo José Arthur Giannotti. Texto Anterior: Wasmosy é o 1º presidente civil Próximo Texto: PC deve arrecadar fundos para presídio Índice |
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