São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995
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Fórum considera solução "essencial"

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A resolução da disputa sobre importações de veículos entre o Brasil e a Argentina é ``absolutamente essencial para a credibilidade externa do Mercosul".
A avaliação foi feita pelo presidente do World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial), Klaus Schwab, na abertura oficial da cúpula econômica do Mercosul (Mercado Comum do Sul), ontem, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Klaus Schwab disse que Brasil e Argentina têm de colocar o desenvolvimento a longo prazo da região acima dos interesses nacionais.
Ele afirmou que a comunidade internacional de negócios recebeu com ``entusiasmo" a criação do Mercosul.
``A credibilidade e a confiança, principalmente com relação às regras do jogo, são pré-requisitos para o Mercosul ter lugar na economia global", disse.
O World Economic Forum, uma entidade independente que congrega empresários, políticos e acadêmicos, está patrocinando a cúpula sobre as perspectivas de investimentos nos países do Mercosul. O evento prossegue hoje e amanhã.
A sessão inaugural da cúpula teve ainda a participação do presidente do Paraguai, Juan Carlos Wasmosy; do vice-presidente da Comissão Européia, Manuel Marin; do presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira; do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf e de cerca de 200 empresários nacionais e estrangeiros.
Juan Carlos wasmosy pediu o apoio dos empresários estrangeiros ao projeto do Mercosul.
``Meu desejo, e dos outros chefes de Estado do Mercosul, é que os investimentos na região ajudem a acelerar o nosso processo de desenvolvimento econômico com justiça social", disse.
A cúpula prossegue hoje, de 9h às 17h30 no hotel Sheraton Mofarrej, nos Jardins, com uma extensa programação, que inclui uma sessão plenária às 14h30 com a participação dos presidentes Fernando Henrique Cardoso, Carlos Menem (Argentina), Julio Maria Sanguinetti (Uruguai) e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai).
O presidente do Chile, Eduardo Frei, que participaria como observador não vai comparecer devido a problemas de política interna de seu país.

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