São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995
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Criar lei não resolve, diz médico

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O nefrologista Elias David-Neto, 40, presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, foi um que se manifestaram contra uma lei que estabelecesse doação automática de órgãos.
Para ele, essa não seria a solução para o déficit de órgãos porque ataca o problema pelo ponto errado. O problema, segundo ele, está na abordagem da família e não na doação em si. Ele afirma que é preciso melhorar principalmente a procura e captação dos doadores.
A procura é feita por centrais de transplantes. A captação é feita por médicos que retiram os órgãos dos pacientes com morte cerebral. Segundo ele, a lei federal em vigor ``é muito boa". A lei prevê que todas as mortes encefálicas sejam comunicadas às secretarias de saúde.
Essas centrais seriam criadas na regulamentação da lei federal, promulgada em 93. Até hoje a lei não foi regulamentada. Para ele, não adianta fazer campanha em locais onde não há quem centralize informações.

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