São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995
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Empresa se associa a banco para fazer talão de cheque

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Em busca de ganhar maior participação no mercado de impressão de talões de cheques, avaliado em US$ 210 milhões por ano, a ABN (American Bank Note), especializada em impressos de segurança, está buscando novos clientes entre os grandes bancos que, em geral, fazem seus cheques em gráficas próprias.
Para isso, a ABN associou-se ao Bradesco, maior banco privado nacional, que trocou sua gráfica por uma participação acionária de 22,5% na empresa.
Antes do negócio, a ABN tinha capital 100% norte-americano. Após a associação, o capital social da empresa ficou avaliado em R$ 120 milhões.
Segundo o diretor comercial da ABN, José Sidrim Bastos, a associação com o Bradesco já fez a empresa aumentar entre 13% a 14% sua participação no mercado, tornando sua capacidade de impressão de cheques 60% maior do que era anteriormente.
Segundo Bastos, a ABN tem um terço do mercado, a concorrência outro terço e a parte final é feita em gráficas próprias.
É esta última fatia de mercado que a ABN está interessada em conquistar. Segundo Bastos, já há contatos com dois dos maiores bancos do país. Sua expectativa é que ambos optem pela terceirização na impressão de talões até o final do ano.
Bastos acredita que a associação ``vai desencadear rapidamente a terceirização dos bancos neste segmento". Para ele, quando um grande banco toma uma decisão como esta, os concorrentes acabam acompanhando.
Antes mesmo de se associar ao Bradesco, a ABN já fazia um terço de todos os talões de cheques do Banco Itaú, que optou por um sistema híbrido, mantendo praticamente todo o resto da produção em gráfica própria. A Melhoramentos imprime 6% dos cheques do Itaú.
A ABN, que não tinha operação no Brasil, comprou, há pouco mais de um ano, a divisão brasileira da Thomas de la Rue, empresa inglesa de impressos de segurança, com sede no Caju, zona norte do Rio.
A Thomas de la Rue inglesa (e não sua filial brasileira) chegou a imprimir as notas de cruzeiro antes da Casa da Moeda se capacitar para fazê-lo, na década de 70.

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