São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995
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Cinemateca desvenda o mistério Rohmer

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DE CINEMA

``Contos, Provérbios e Estações - O Cinema de Eric Rohmer" é bem mais que uma fieira de filmes. A mostra que a Sala Cinemateca exibe de amanhã até o dia 30 de junho é a primeira chance que se tem em São Paulo de conhecer a fundo um dos mais importantes cineastas contemporâneos.
São, no total, 15 filmes: os seis ``Contos Morais", quatro ``Comédias e Provérbios" e dois dos ``Contos das Quatro Estações". Completam o ciclo dois curtas educativos e ``O Signo de Leão" (1959), primeiro longa do autor.
O estilo menos explosivo que o de Godard, menos expansivo que o de François Truffaut, menos popular que o de Claude Chabrol levou Rohmer, 75, a ser visto durante anos como um dos ``fracassados" da Nouvelle Vague.
O sucesso tardio de ``As Noites da Lua Cheia" (1984) e, logo a seguir, de ``O Raio Verde" (1985) ajudou a mudar essa impressão.
Os filmes de Rohmer apareceram sob outra luz. Foi possível perceber, nele, um autor que, como Jean Renoir ou Howard Hawks, não faz firulas, evita efeitos, não corteja o público. Em troca, tem a virtude dos cineastas misteriosos: quanto mais passa o tempo, melhor e mais claro ficam.

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sobre ``O Cinema de Eric Rohmer" à pág. 5-5

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