São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995 |
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Mulher do militar soube da libertação pela TV
PAULO PEIXOTO
Até as 17h30 de ontem Eliane não havia recebido notícias do marido, após a informação de que ele tinha sido libertado. Ela agora aguarda ansiosa a chegada de Harley, quando promete abrir o champanhe que ganhou de uma tia. ``Vamos curtir todos os momentos, fazer todos os programas que tivermos vontade." Agência Folha - A sra. já foi comunicada oficialmente sobre a libertação de Harley? Eliane Moreno Guimarães Alves - Até agora (13h) não tive esse comunicado. Fiquei sabendo pela televisão. Agência Folha - Mas agora a sra. já está comemorando? Eliane - Enquanto não falar com ele, não fico tranquila. É lógico que estou alegre, e queria agradecer a todos pelo apoio nestes 23 dias de expectativa. Agência Folha - E como foram todos esses momentos pelos quais a sra. passou? Eliane - Foi uma covardia. Eu ainda estou tensa e só vou me tranquilizar quando ele ligar. Agência Folha - A sra. o deixaria voltar para a Bósnia? Eliane - Se depender de mim, ele não volta mais. Agência Folha - Mas a sra. acha que ele volta? Eliane - Ele recebeu um convite. É como um cirurgião que está numa cirurgia e não deixaria para trás a cirurgia. Então, é um profissional e acho que não faria uma coisa dessas. Agência Folha - Então ele deve voltar. Eliane - Eu conheço meu marido, acho que ele volta. Eu não vou deixar de apoiá-lo. O militar tem uma frase que diz: ``Tenho que cumprir missão". Então, acho que ele vai cumprir missão. Texto Anterior: Brasileiro é libertado pelos sérvios da Bósnia Próximo Texto: Prisioneiros sérvios são soltos pela ONU Índice |
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