São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995
Texto Anterior | Índice

O petróleo é de quem?; A reforma é nossa?; Em busca das aulas perdidas; Nos filmes de Frank Capra; Promessa é dívida; Safra de fome; Saudades do AI-5; TV Cultura, a melhor; Trote intolerável; Limites da compreensão

O petróleo é de quem?
``Na década de 50, `o petróleo é nosso' era uma grande receita. Os barbudos de Cuba davam ibope, assim como o trio `Los Panchos', que cantando boleros estavam em primeiro lugar. O petróleo é nosso. Viva o trio `Los Panchos'! Abaixo a concorrência, a organização, o trabalho, a democracia! Vamos produzir greves políticas pois é fácil: nada se perde e acaba em pizza."
Darley Dalton Porto (São Paulo, SP)

``Não se trata de ser contra ou a favor do monopólio, mas sim contra a forma como as mudanças na Constituição estão sendo conduzidas. O dono das estatais não só cortou investimentos como colocou-as numa camisa-de-força administrativa, em vez de dinamizá-las, e desencadeou uma campanha de difamação atingindo principalmente o pessoal técnico e administrativo, tachado de marajá e incompetente. Alguém já viu algum empresário fazer isso com a própria empresa?"
Jorge Moreira de Souza (Campinas, SP)

``Gostaria de parabenizar Gilberto Dimenstein pelo artigo `Petróleo e empulhação' (8/6). Quase tudo o que os ufanistas contemporâneos defendem como `coisa nossa' foram os fardados conservadores que criaram no país."
Luiz Flávio Fernandes (Belo Horizonte, MG)

``Depois da avalanche de desinformação sobre a greve dos petroleiros e da consequente `vitória' privatista do governo FHC-ACM, soam altivas e dignas as palavras de Barbosa Lima Sobrinho: `Os eleitores dos próximos deputados e senadores estarão conscientes de que acabar com o monopólio foi uma desvantagem para o Brasil'. Como se vê (e se verá), se o capital não tem pátria, alguns cidadãos têm."
Antonio Barbosa Filho (Taubaté, SP)

``Gosto muito dos artigos do Arnaldo Jabor, mas o intitulado `Petrobrás já foi a nossa mãe-virgem' (edição de 13/6) é simplesmente de arrasar!"
Ana Luiza J. Loureiro (Maceió, AL)

A reforma é nossa?
``Compartilho `in totum' do artigo de Janio de Freitas `Os tempos que são novos' (edição de 8/6), no qual o corajoso jornalista verbera o procedimento da maioria dos congressistas com relação às mudanças na Constituição, pautado mais na obtenção de `dinheiro grosso, cargos bons e favorecimentos indecentes' do que no desejo honesto e útil de uma legítima reforma."
Dionísio Correia da Silva (Osvaldo Cruz, SP)

``Refiro-me ao artigo `Engodos privados', de Janio de Freitas (28/5), para, além de cumprimentá-lo, acrescentar que muitas das empresas ora estatais que `não faz muito tempo, eram privadas' tornaram-se estatais justamente porque, à força de maracutaias privadas, estavam à beira da falência."
Gebaldo José de Sousa (Goiânia, GO)

Em busca das aulas perdidas
``Preocupada com o calendário de reposição de aulas em decorrência da greve dos professores, a secretária da Educação do Estado de São Paulo, em seu artigo `Em busca das aulas perdidas' (6/6), enfatizou que a educação tem que ser levada a sério por todos, que os professores foram bem aquinhoados e que os pais, alunos e professores devem exigir o cumprimento do calendário escolar. Que bom seria se o artigo, com outro teor, se intitulasse `Em busca da escola perdida'..."
Luiz Gonzaga Seraphim Ferreira (Araraquara, SP)

``Brilhante a explanação de motivos da sra. secretária da Educação no último dia 6/6. Como participante da seleção para delegada de ensino, entusiasmei-me com dois temas: `Autonomia da escola' e `Participação ativa dos conselhos de escola'. Pergunto à sra. secretária: onde está a coerência? Até onde vai o papel dos conselhos de escola? Apenas homologar pacotes feitos às pressas, sem `participação' dos professores e do conselho de escola?"'
Heloisa Helena C. de Arrunategui (Capão Bonito, SP)

``Fiquei decepcionada com o artigo da secretária da Educação, sra. Rose Neubauer. Nós, professores, sabemos que o resgate da escola se faz a partir de salários dignos. O exercício da cidadania afirma-se pela valorização do trabalho do professor, que com carga parcial tem um salário de R$ 284,00."
Nilcéa Flório (São José do Rio Preto, SP)

Nos filmes de Frank Capra
``O jornalista Gilberto Dimenstein, em suas crônicas, não deixa de transparecer sua predileção pelo modelo neoliberal. Outra preocupação do articulista tem sido mostrar que existem empresários bonzinhos. Claro que existem. O cineasta Frank Capra, em seus filmes, resgatava os maus burgueses e os transformava em adoráveis cidadãos..."
Ricardo Luiz Bittar (Rio de Janeiro, RJ)

Promessa é dívida
``Com relação à carta do deputado Walter Feldman, no Painel do Leitor de 8/6, gostaríamos de comentar que é lamentável a postura do governo Covas em relação à paridade de vencimentos entre os docentes das universidades paulistas e os pesquisadores dos institutos de pesquisa. Um dos pontos do programa de governo, que demonstrava a sensibilidade e visão de futuro do governador, não só não vem sendo cumprido -diferença salarial já chega a 70%- como agora é totalmente desprezado pelo líder Walter Feldman."
Rodrigo Otávio Teixeira Neto (Campinas, SP)

Safra de fome
``Algo precisa ser feito para que a fome seja combatida de verdade no Brasil. Da tonelagem da última safra agrícola, se retirarmos a soja, verificar-se-á que estamos longe da produção de grãos necessária e adequada para alimentar 150 milhões de pessoas."
Dráusio Colli Sampaio (São Paulo, SP)

Saudades do AI-5
``Foi com muita indignação que deparei com a carta do sr. Daniel Mandel (9/6). Sentir saudades do AI-5 é defender aquilo que representou o período mais absoluto de repressão, violência, torturas e supressão das liberdades civis de nossa história republicana."
Josiane Ruiz Ribas (Osasco, SP)

TV Cultura, a melhor
``O povo de São Paulo deve reagir contra as medidas tomadas pelo governo Covas em relação à TV Cultura. A TV Cultura é a melhor que temos."
Vilma Vieira (Dourados, MS)

Trote intolerável
``O trote tem causado transtornos e dificuldades aos calouros. Alerto todas as autoridades comprometidas com a democracia e a justiça neste país, na esperança de sensibilizá-las a buscar uma solução para o problema."
Gelson Jorge de Oliveira (Vitória, ES)

Limites da compreensão
``Como entender que no Brasil -país continental, de imensas reservas de recursos naturais e de grande tranquilidade geológica- uns poucos têm tudo e a maioria não tem nada?"
Francisco de Sales Zednik (Fortaleza, CE)

Texto Anterior: Sem futuro
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.