São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Turismo acidental

No domingo retrasado, a ministra da Indústria, do Comércio e do Turismo, Dorothéa Werneck, aguardou horas por sua assessora de imprensa, Ângela Coronel, para jantarem juntas num hotel em Campinas. Cansada de esperar, a ministra acabou comendo sozinha.
Dorothéa só foi saber no dia seguinte que o atraso da assessora estava relacionado a um problema ligado a sua pasta. Ângela Coronel pegara um vôo da Rio-Sul de Brasília para Campinas, com conexão em São Paulo. Deveria chegar às 22h50. Deveria: só chegou à 1h15.
O jantar de Dorothéa começou a atrasar na conexão do vôo de sua assessora em São Paulo. Como eram poucos os passageiros que seguiriam viagem até Campinas, eles foram embarcados não em outro avião, mas em peruas.
E não adiantaram os protestos. Antes de entrar a contragosto no carro, uma turista norte-americana sintetizou, mesmo sem falar português, o absurdo da situação. Mostrava sua passagem aos funcionários e apontava a estrada:
- This is an air ticket -frisando o ``air" (ar, em inglês).

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