São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Rebelião no ABCD termina com um preso morto e dois feridos

DA FOLHA ABCD

Uma rebelião na Cadeia Pública de Santo André, que durou 25 horas, deixou um preso morto e outros dois feridos a bala.
O detento Carlos Alberto Vertematti morreu na madrugada de ontem, assassinado pelos líderes da rebelião, segundo a polícia.
O motim começou às 18h de domingo e terminou às 19h de ontem. A cadeia tem 19 celas e capacidade para 76 presos. Anteontem, abrigava 215 detentos. Cinco celas foram destruídas, segundo o delegado do 4º DP, Mencir Vespasiano. ``A cadeia pode ser interditada", disse.
A Tropa de Choque da PM entrou na cadeia por volta das 16h20 de ontem. Cerca de 25 policiais do 10º Batalhão da Polícia Militar participaram da ação, armados com metralhadoras e escopetas.
Segundo a PM, o objetivo da ação foi forçar a entrada dos presos nas celas e, em seguida, realizar uma revista.
Às 18h, houve a transferência de 30 presos para distritos policiais de São Paulo, como os detentos reivindicavam. O juiz-corregedor de Santo André, Luiz Fernando Vidal, acompanhou a revista.
Os dois presos feridos, José Adelson da Silva, com um tiro na perna, e Paulo Roberto Mota, com um disparo no abdômen, foram medicados no pronto-socorro de Santo André.
O preso morto na rebelião foi condenado em 94 por ter vendido bebida alcoólica contendo álcool metanol em Santo André e Diadema, em 93. O metanol teria causado a morte de quatro pessoas e problemas estomacais em 160.

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