São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presos e funcionários protestam durante reinauguração de Bangu 2

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Protestos de presos e servidores estaduais marcaram ontem a reinauguração do presídio Bangu 2 (Bangu, zona oeste do Rio) pelo ministro da Justiça, Nelson Jobim, e pelo governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB).
Os 32 presos da galeria 18 disseram a jornalistas que têm sido espancados, falta água nas celas e que visitas estão proibidas.
O diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), Antônio Carlos Morett, negou os espancamentos, mas confirmou a falta de água e o veto aos visitantes.
``Esta é uma fase de reordenamento. Os presos estão chegando. Ninguém ficará sem visita. A falta d'água é causada por tubulações inapropriadas. Esta obra durou oito anos e há muito material inadequado", disse Morett.
Ministro e governador ainda foram recebidos do lado de fora do presídio por 30 funcionários da Secretaria Estadual da Justiça em campanha salarial.
Em silêncio, os manifestantes estenderam faixas. Uma delas dizia: ``Bangu 2. Inauguração de mentirinha. Sem água e sem cozinha". Jobim e Alencar não comentaram os protestos.
Batizada Penitenciária de Segurança Máxima Alfredo Tranjan, Bangu 2 pode abrigar até 576 condenados. Ontem, havia 292 presos confinados em suas 18 galerias.
O ministro e o governador visitaram as dependências de Bangu 2, erguida em um terreno de 33 mil m2. Segundo o governo estadual, a obra custou R$ 16 milhões.

Texto Anterior: Rebelião no ABCD termina com um preso morto e dois feridos
Próximo Texto: MORTE; PRISÃO
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.